Wednesday, October 22, 2008

Cantos do Pássaro Encantado


Sobre o nascimento, a morte e a ressurreição do amor


Todos sabem do meu amor e admiração por Rubem Alves.

Estou lendo esse livro dele há menos de uma semana e já estou quase acabando.

Hoje li um texto com título de "A Alma".

Vou deixar um pedacinho aqui...

... para eu lembrar sempre...

... para vocês degustarem um cadinho...

... para homenagear esse escritor e pessoa linda que ele é.


"... Foi por isso que à surpresa seguiu-se a saudade. Ele se viu diante de um passado ao mesmo tempo desconhecido e conhecido. É por isso que, às vezes, a gente sente saudade sem saber de quê. Como se do passado viesse um perfume que toma conta do corpo - mas não conseguimos ver o lugar de onde ele vem, não sabemos o seu nome. Sentimos saudades do que não sabemos."


Talvez seja por isso que essa semana eu desenterrei fotos queridas de um passado querido, e talvez seja por isso que quando aquela música toca no rádio traz um gosto bom e um cheiro de dias felizes...


... Muita saudade!

Thursday, October 16, 2008

Um dia de sorvete, mesmo


Dias quentes em São Paulo são insuportáveis.

Em plena primavera as temperaturas passaram dos 30 graus esses últimos dias.

É muito asfalto, muita pedra, muito concreto... e a sensação térmica é a de se estar num forno assando.


Hoje, pintei as unhas de vermelho, vesti saia florida e sandália rasteira, trancei o cabelo e escolhi de sobremesa, um picolé...


Voltando para o trabalho, eu e meu picolé, passei por uma menininha que ia para a escola... de bermudinha e rabinho no cabelo... ela olha para mim, para meu sorvete e fala para a babá:


"É, hoje tá um dia de sorvete, mesmo!"


Menininha inteligente.


Nota 10 pra ela!

Monday, October 6, 2008

Blindness


Esse sábado fui assistir "Ensaio sobre a Cegueira".

Filme, bom. Forte.

Já vale só pelo Mark Ruffalo.

E vale mais ainda por fazer pensar.


E pensei...


... o ser humano tem sim uma natureza destrutiva em si que está prestes a aflorar assim que se tenha a oportunidade.

Nem digo que seja necessário se encontrar em uma situação extrema como a do filme. Basta uma fechada no trânsito, uma palavra mais dura, o sentimento de medo, o sentimento de superioridade, o sentimento de inferioridade, o de injustiça, o de tirar vantagem de tudo a qualquer preço...


VEJA o que fizemos com o planeta... com o rio Tietê (que é cenário do filme e cenário do meu dia a dia)

VEJA o que fazemos com os outros... segregamos o que é diferente... julgamos e condenamos.


... o que salva (ou não) o ser humano é seu afeto...


Se eu te gosto... te cuido... te acho lindo... te levo pra casa... te alimento...


E sempre existe a esperança de voltar a enxergar.