Monday, July 25, 2011

... because she deserved something beautiful


"I remember an old catholic joke about a man who spent his whole life going to a church every day and prayed to the statue of a great saint begging "please, please, please, let me win the lottery." Finally the exasperated statue comes to life and looks down at the begging man and says "my son, please, please, please, buy a ticket." So now I get the joke, and I bought three tickets." (Elizabeth Gilbert - Eat, Pray, Love)

O desejo, o sonho, a idéia.
Estavam ali dentro dela há tanto tempo...
... esperando para nascer...
... esperando florescer.

Naquela manhã de novembro ela foi invadida pela beleza e pela plenitude de um dia azul colorido de amarelo, e o sentimento de que seria feliz, plena e cheia de vida como as cores daquele dia.

Dentro de si, ela nutriu a certeza de que havia descoberto seu caminho.
Seu destino.
Seus destinos.

O início do verão celebrado entre o círculo sagrado das pedras de Stonehenge confirmaram sua passagem para a nova estação.
Uma estação fértil de novos sonhos e de amor.
Confirmaram que seu coração fora curado e que já pertencia de fato àquele trazido pelas forças de serendipity.
Sua vida nova já havia começado, e ela estava pronta para vivê-la e desfrutá-la intensamente.

O vento irlandês soprou novamente a serenidade em seus pulmões e ela se encheu de paz.
Ali também ela encontrou seu amor.
Visitou sua essência.
(Re) Conheceu sua força.

E por fim, seu sonho primeiro.
Aquele herdado e prometido à avó.
Uma viagem no tempo.
À antiguidade da civilização; à sua própria história.
Sabores criados pelos deuses.
Lugares com aroma de mel.
A música do idioma.
A beleza das pessoas, da riqueza, das cores.
O calor do sol.
Todos seus sentidos. Invadidos. Satisfeitos.

3 destinos.
3 bilhetes.
O número do equilibrio.

Ela se viu pronta.
Sonhos realizados.
Novos sonhos nascendo dentro dela.
O coração preenchido.
Sua força renovada.

Ela era enfim, a nova e melhorada versão de si mesma.

"I'm choosing happiness over suffering, I know I am. I'm making space for the unknown future to fill up my life with yet-to-come surprises."
(Elizabeth Gilbert - Eat, Pray, Love)



Monday, June 6, 2011

too busy...



... being happy!

Thursday, April 28, 2011

serendipity




as voltas que a vida dá

encontros

desencontros


chega tão perto

a um toque

a uma palavra de distância


lado a lado

respirando o mesmo ar

andando pelas mesmas ruas


mas o tempo manda...

... e disse

não era tempo ainda

e o tempo passa

... e passou


ah o tempo...


o que passou, se foi

o que será, não existe

o que é, é bom.


encantamento

encontro

supresa boa que o destino traz.

Tuesday, April 5, 2011

meu lugar...


quem disse que recomeçar é fácil?

nem um pouco.


a gente tem que inventar uma borracha mágica de apagar tristeza

lentes de aumento pra enxergar o caminho

chaves para abrir portas

e um danado de um mapa para seguir caminhando sem cair nos mesmos buracos.


aí de repente surgem situações inusitadas

pessoas lindas

olhos e palavras

e o coração que não funciona não sabe mais como lidar com isso.


meu lugar cadê?

é na cabeça ou no coração...


é aqui ou lá?

seguir ou ficar?


esse grande risco de caminhar

de cair outra vez

de chorar outra vez

de não saber


fazer o quê?


Friday, January 28, 2011

vazio


os pedaços
o que sobrou
e o vazio

receio e medo de abrir a porta
o nó apertado na garganta
e a certeza de estar só nesse sentimento

é só dela.

as caixas
os livros
os quadros.

só dela.
ela só...

para voltar atrás
e (re)começar.

Wednesday, January 26, 2011

o depois...


Nunca sofri acidente de avião, mas já ouvi relatos de sobreviventes. Eles percebem a perda de altitude, a potência enfraquecida das turbinas, o desastre iminente, até que acontece a parada definitiva da aeronave e ouve-se um barulho fora do normal, algo verdadeiramente assustador.


Então, após o estrondo, sobe do chão um silêncio absoluto. Por alguns segundos, ninguém fala, ninguém se move. Todos em choque. Não se sabe o que aconteceu, mas sabe-se que é grave. Alguma coisa que existia não existe mais.


É a quietude amortizante de quem não respira, não pensa, não sente nada ainda.


Só então, depois desse vácuo de existência, desse breve período em que ninguém tem certeza se está vivo ou morto, começam a surgir os primeiros movimentos, os primeiros gemidos, uma sinfonia de lamentos que dará início ao que está por vir: O DEPOIS.


Fora de mim - Martha Medeiros

Tuesday, January 25, 2011

no silêncio da redoma


virou o ano
girou a roda da vida
do destino

uma perda
um luto
e mudanças

também a coragem de olhar para o sonho
e finalmente tê-lo nas mãos
e esperar por ele

e sonhar um pouco mais...
e o silêncio
e o olhar que observa
e o coração que foge de sentir...

de dentro da redoma
às vezes tenho a impressão de ouvir
meu nome
chamado por vozes conhecidas

ao redor não há ninguém
ainda...

a concha se abre
e eu entro
não sem antes dar uma breve olhadela
por cima dos ombros

ela se fecha
eu me recolho
ponho-me a fazer pérola...