Gosto!
Gosto de ouvir o que as pessoas tem a dizer.
Suas histórias, seus comentários, suas crenças...
Sentada no balcão da padaria que eu costumava ir, reencontro os atendentes tão simpáticos que me servem com a maior alegria. E contam o que passou nas suas vidas nesse tempo em que eu não apareci.
Bene me chamava de "mamuska" quando eu estava grávida. E quer saber do João. Se consola ao saber que João hoje é anjo que olha por nós. E me conta da gravidez da mulher dele. Me serve um mocaccino, e fica feliz em saber que logo estarei de volta do lado de cá e quem sabe, logo me chamará de "mamuska" outra vez.
Isaque capricha no meu pãozinho com manteiga na chapa sem prensar, e vem me contar do dia do casamento dele. E como ele perdeu a chave do quarto em que o vestido da noiva estava e teve que implorar pro chaveiro arrombar a porta porque senão já era o casamento... e com toda a correria ele chegou só dez minutos atrasado para a cerimônia. Me contou dos planos de ter filhos, pelos menos três. Depois recomendou um sanduiche fresquinho para eu levar para o Sr. Agnaldo.
Sr. Agnaldo, que nem é tão "senhor" assim, chegou na minha casa nova um hora antes do combinado para lixar o piso. Vai casar dia 12 com Luciana, professora e estudante de Pedagogia e ainda não entregou nenhum convite. Simplicidade em pessoa. Faz palestras na igreja da sua comunidade e no meio do pó que sobe da madeira e o barulho da lixadeira, canta, porque é compositor de diversos tipos de música de forró a gospel.
Pessoas lindas. Boas.
Conversa gostosa. Simples.